Amante de Conrad Murray relata rotina do médico para atendimento de Jackson

Nos meses que antecederam a morte de Michael Jackson, seu médico pessoal, Conrad Murray, teria saído todas as noites de um apartamento de Santa Monica que ele dividia com sua amante para cuidar do cantor, a senhora disse aos jurados na terça-feira.

Nicole Alvarez, atriz e mãe de um filho de Murray, testemunhou que a partir de abril de 2009, o médico - que era casado - iria deixar o apartamento em torno de nove horas a cada noite, enquanto ela estava colocando seu filho, então bebê, na cama.

Na primeira, ele retornou em torno de 6 ou 7h da manhã seguinte, mas isso se tornou cada vez mais tarde, até que ele acabou retornando ao redor 09h ou mais tarde, ela disse.

Alvarez, 29, disse que ela conheceu Murray em 2005 em um clube em Las Vegas.

O médico disse a ela, em algum momento de 2008, que ele era médico pessoal de Jackson, e levou-a para a casa do cantor, de surpresa, para conhecê-lo, relatou Alvarez.

"Eu fiquei sem palavras quando o conheci", lembra.

Alvarez também testemunhou que ela recebeu sete pacotes FedEx em seu apartamento para Murray - promotores disseram que carregamentos incluíam grandes quantidades do anestésico cirúrgico que foi apontado como a causa da morte de Michael Jackson.

Alvarez disse que, apesar de muitas vezes ela receber os pacotes ou assinar por eles, ela não tinha idéia do que eles continham, e nunca perguntou.

A mulher também testemunhou que ela recebeu um telefonema de Murray quando Jackson estava sendo levado para o hospital em torno de 01h no dia em que Jackson morreu. Um paramédico anteriormente testemunhou que Murray estava no telefone enquanto Jackson estava sendo transportado. O cantor foi levado por insistência de Murray, depois das equipes de emergência quererem declará-lo morto em sua casa.

"Eu me lembro dele me dizendo que ele estava no caminho para o hospital na ambulância com o Sr. Jackson, e para mim não me assustar", disse Alvarez.

Apesar das objeções de um advogado de defesa, o juiz Michael Pastor permitiu que Alvarez pudesse depor sobre os 2.500 dólares que Murray lhe dava mensalmente para o aluguel.

A promotora Deborah Brasil perguntou a Alvarez sobre seu depoimento anterior de que o contrato entre a promotora de shows AEG e Murray em relação aos cuidados de Jackson foi enviado por fax para o apartamento dela e que ela viu nesse contrato que Murray deveria ser pago em 150.000 dólares por mês.

Alvarez disse que ela já não lembra dos detalhes, mas finalmente admitiu que suas declarações anteriores foram, provavelmente, precisas.

Quando Alvarez cruzou a sala do tribunal depois de deixar o banco das testemunhas, ela fez contato visual com o irmão Randy Jackson na galeria dos espectadores. Ela acenou para ele e ele acenou de volta.



Fonte: LA Times