Juiz nega pedido da defesa de Murray

O juiz do condado de Los Angeles negou nesta quinta-feira o pedido da defesa para isolar o júri para o julgamento do Dr. Conrad Murray, o médico acusado na morte de Michael Jackson.

Advogados do médico - que é acusado de homicídio involuntário na morte do cantor - alegaram que a grande mídia em torno do caso significava que era prudente isolar o júri durante o julgamento.

Mas juiz Michael E. Pastor da Corte Suiperior de Los Angelesdiscordou, dizendo que ele não queria sentir os jurados "presos", supervisionados mesmo quando contatado entes queridos. E ele expressou confiança de que eles iriam dar ouvidos às advertências para evitar a exposição a cobertura da mídia.

"Eu não acho o isolamento é resposta, neste caso", disse ele.

Além disso, Pastor rejeitou um pedido da defesa de que as câmeras de televisão serão retiradas da sala durante certas partes do julgamento.

O legista de Los Angeles determinou que a morte de Jackson, que ocorreu 25 de junho de 2009, foi causada por uma overdose do anestésico cirúrgico propofol, combinado com outras drogas.

Os promotores acusaram Murray, um dos médicos do pop star, de ter um papel na overdose. A seleção do júri está prevista para começar no próximo mês. Declarações de abertura são definidos para 27 de setembro. Tanto a defesa como a acusação disseram ao juiz que esperam que o julgamento dure de 4-5 semanas, enquanto Pastor indicou ele acredita que poderia ser feito em menos tempo.

Os advogados de Murray, Nareg Gourjian e Edward Chernoff, alegoram, em documentos judiciais, que "existe a expectativa de que o julgamento do Dr. Murray será o mais divulgado na história."

Eles argumentaram que o júri deveria ser isolado para garantir que Murray receba um julgamento justo sob a Sexta Emenda.

"Este é um julgamento incomum", disseram os advogados. "Sem dúvida, Michael Jackson é uma das mais conhecidas figuras do mundo. Sua morte, funeral e depois ás audiências no tribunal envolvendo Dr. Murray atraiu a cobertura da mídia sem precedentes".

O Ministério Público não apresentou documentos no tribunal em resposta ao movimento de Murray, disse Sandi Gibbons, porta-voz do escritório do distrito de Los Angeles advogdo. Já o vice-promotor David Walgren argumentou em tribunal aberto nesta quinta-feira que o júri confinado a um hotel era desnecessário e tornaria os jurados "essencialmente presos."

Deve haver "um nível de confiança concedido aos jurados", disse Walgren.

Durante uma fracassada tentativa de seleção do júri no início deste ano, apenas um jurado potencial de várias centenas questionados afirmou não ter ouvido nada sobre o caso Murray, e o jurado em potencial, uma mulher, não falava inglês, os advogados de Murray disseram.

Na época, os advogados não consideraram o isolamento do júri. "Em seguida, ocorreu Casey Anthony," disseram os advogados de Murray, citando o caso do assassinato como o impulso para seu movimento. Anthony foi absolvido do assassinato de sua filha de 2 anos, Caylee, mas foi condenado por quatro acusações de contravenção por mentir para a aplicação da lei.

O caso, e a cobertura da mídia sensacionalista em torno dele, "demonstrou o perigo que é criado para um julgamento justo quando a informação básica é gerido com o propósito de entretenimento e audiência de televisão", os advogados de Murray haviam dito.

Todas as organizações noticiosas, incluindo a ABC News, Fox e InSession, se beneficiaram do julgamento Anthony, os advogados de Murray disseram em registros no tribunal. Mas alguns, como HLN, "limpos": Essa rede "chamou a sua maior audiência total em sua história de 29 anos com mais de 5 milhões de espectadores," advogados de Murray dissem.

Turner Broadcasting - uma divisão da Time Warner - opera InSession HLN e CNN, os advogados apontado em documentos judiciais.

Embora não houvesse nenhuma sugestão de que os funcionários HLN ou CNN tentou entrevistar os jurados durante o julgamento, o juiz advertiu os meios de comunicação para evitar contato com os jurados durante o julgamento.
"Isso procede (media) a organização em seu próprio risco, se essa pessoa ou organização interfere com o processo de justiça", disse o Pastor.

Ainda assim, ele disse que acredita que os jurados fortemente advertindos para evitar meios de comunicação relacionados com o ensaio será eficaz.

Ele também dirigiu uma contenção de defesa que isolar o júri poderia ser considerado rentável, se puderem salvar a acrescentar o custo causado por um novo julgamento.

Isolar o júri custaria 500.000 dólares, mas o juiz - apesar de reconhecer que "o estado da Califórnia está passando por graves problemas financeiros", como é o seu sistema judicial - insistiu que o custo não desempenhou papel na sua decisão.

"Enquanto eu levantar a questão do custo, não é um fator preponderante", disse o pastor. "Justiça prevalece sobre tudo."

Juristas e advogados de defesa não relacionados com o caso Murray tem opiniões divergentes a CNN sobre a eficácia de um isolamento do júri.

"A defesa quer isolar o júri porque tem visto que os júris isolados votam não culpado", disse Marcia Clark, a ex-promotora no julgamento de OJ Simpson, um outro caso amplamente divulgado, em que o júri foi isolado. "Eu realmente não penso que haja qualquer necessidade de isolar o júri. Na medida em que as pessoas sabem sobre esse caso, saber sobre Michael Jackson ou Murray Conrad, acabou. É já foi feito. Seria como fechar as portas do celeiro depois que o cavalo está fora. "

Ellyn Garofalo, o advogado que representou o Dr. Sandeep Kapoor, que foi absolvido por acusações de conspirar para manter Anna Nicole Smith viciado em remédios, disse que a utilidade do isolamento de um júri "é uma pergunta realmente difícil."

"Eu acho que há boas razões para isolar um júri", disse Garofalo. "Eu também tendo a pensar - e esta é mais uma opinião pessoal - isolando um júri, não existe um júri feliz e pode ser mais ansioso para passar o testemunho a um júri que não seja isolado"

Richard Gabriel, um consultor de júri nos casos Simpson e o de Casey Anthony, disse que um júri isolado é estressante e caro.

"A dificuldade é, eu não acho que um juiz já tinha ido tão longe para dizer durante o julgamento, por favor, não use a Internet, jornais. Assim como eles dizem, não assista televisão durante o julgamento, eles dizem que se você ver algo sobre o caso, por favor, ignore a notícia ", disse Gabriel.

"Na prática eu acho que (se) é difícil" isolar o júri, "em parte porque o condado de Los Angeles não tem dinheiro para fazer isso. É muito, muito caro", disse Gabriel. "Isso coloca uma pressão muito grande em um júri, porque você está levando-os para fora de um ambiente familiar e você está colocando-os em um cenário, obviamente, altamente pressurizado que basicamente diz que você está neste julgamento 24 horas por dia "